Castelinho do Flamengo

O Castelinho do Flamengo é uma das poucas mansões que restam no bairro do Flamengo. Construída entre 1916 e 1918, a mansão foi projetada pelo arquiteto italiano Gino Copede no estilo Art Nouveau. Inicialmente, o Castelinho serviu como residência do Comendador Joaquim Silva Cardoso — um empreiteiro português — e de sua esposa Carolina. Anos depois, a propriedade foi transferida para Avelino Fernandes, que se mudou com sua esposa Rosalina Fernandes e sua filha Maria de Lourdes Fernandes.

Em 1932, tanto Avelino quanto Rosalina Fernandes foram atropelados por um bonde em frente ao castelo. Uma lenda urbana popular diz que Maria de Lourdes, ainda criança, estava presente naquele momento e testemunhou a morte dos pais. Desde então, Maria teve uma vida de sofrimento, pois foi cuidada por um tutor que roubou toda a sua herança e a maltratou. Esse tutor a mantinha trancada na torre do castelo, onde, devido a todo esse sofrimento, Maria cometeu suicídio. Acredita-se que, até hoje, o espírito de Maria assombra a mansão. Por conta dessa lenda urbana, o Castelinho do Flamengo é considerado por muitos cariocas uma mansão assombrada.

A Prefeitura do Rio declarou o Castelinho do Flamengo como um marco histórico na década de 1980 para protegê-lo da deterioração. Milhões de reais foram gastos na renovação da mansão, com a intenção de torná-la um centro cultural — mas essa renovação nunca foi realmente eficaz. Atualmente, a mansão apresenta vários problemas de infraestrutura e é frequentemente ocupada ilegalmente por pessoas em situação de rua. Em maio de 2024, a Prefeitura contratou uma empresa privada para renovar o edifício, em mais uma tentativa de transformá-lo em um centro cultural.